quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Arte Germânica

Arte Germânica refere-se à arte dos povos conhecidos como germânicos(vândalos, francos, Visigodos e suevos entre outros) que, depois da queda do Império Romano, avançaram definitivamente sobre a Europa.


Fíbula merovíngia.

Esses grupos não demoraram a assimilar a cultura e a religião (Cristianismo) dos povos conquistados, ao mesmo tempo que lhes transmitiam seus próprios traços culturais, o que deu origem a uma arte completamente diferente, que assentaria as bases para a arte européia dos séculos VIII e IX: o estilo românico. Foi também a partir dessa época que artistas e artesãos se organizaram em oficinas supervisionadas pela Igreja, origem das corporações de ofício que perdurariam por quase mil anos.

O fato de não possuírem um habitat fixo influenciou grandemente os costumes e expressões artísticas dos germanos. Era notável sua destreza naquelas disciplinas que permitiam a fabricação de objetos facilmente transportáveis, fossem eles de luxo ou utilitários. Assim, não é de admirar que tenham sobressaído na ourivesaria, na fundição e moldagem de metais, tanto para a fabricação de armas quanto de jóias, e nas técnicas de decoração correspondentes, como a tauxia ou damasquinagem, a esmaltação, a entalhadura e a filigrana.

Todos esses povos tiveram uma origem comum na civilização celta, que desde o século V a.C. até a dominação romana se estabeleceu na Europa de norte a sul e de leste a oeste. Em suas crônicas, os romanos os descrevem como temíveis guerreiros e hábeis fundidores de metais. Uma vez dominados, uma boa parte da população foi assimilada pelo império e outra fugiu para o norte. Somente quando o império começou a ruir conseguiram penetrar em suas fronteiras e estabelecer numerosos reinos, dos quais se originaram, em parte, as nacionalidades européias.

A Europa entrou assim num dos períodos históricos mais obscuros, a meio caminho entre a religiosidade, agora em parte aceita, dos primeiros cristãos e a beligerância selvagem dos novos senhores. Mais tarde sofreria também o açoite dos vikings dinamarqueses vindos do norte, em perpétua luta contra os francos e os eslavos ocidentais. Por seu lado, a Igreja ia ganhando posições com a proliferação de mosteiros exatamente onde os mais temíveis exércitos não conseguiam vencer as batalhas: as ilhas britânicas e o leste da Europa.

Arquitetura


Igreja visigótica de San Pedro de la Nave. Zamora, Espanha.

Toda vez que um povo culturalmente bem desenvolvido conquistou um outro que lhe era superior nesse campo, o vencedor assimilou a arte e a língua do vencido. Os germanos não foram exceção. Quase completamente desprovidos de arquitetura, logo se apropriaram das formas da Antiguidade tardia e de Bizâncio, às quais acrescentaram alguns elementos próprios. Na Gália (França), os francos adotaram em suas construções as salas retangulares de três naves e abside semicircular, com silharia de madeira para as igrejas, e cúpula para os batistérios.

Algumas plantas enriqueceram a distribuição espacial com o acréscimo de uma galeria. Os ostrogodos, na Itália, levantaram edifícios mais representativos e ricamente decorados com mosaicos, nos quais combinaram as formas bizantinas com as romanas. Na Espanha, procedeu-se à recuperação de edifícios romanos nos centros de cada cidade, aos quais se juntava uma igreja cristã, geralmente de planta em forma de cruz latina, com naves de alturas diferentes e decoradas com relevos e frisos.

Os celtas e vikings resistiram mais às formas mediterrâneas. No entanto, graças à presença dos numerosos mosteiros, a arquitetura e as artes acabaram sendo favorecidas. Misturando pedra com madeira, construíram igrejas com telhados de pedra de duas águas, ladeados por torres cilíndricas, também de pedra, que lembram seus monumentos funerários.

Escultura




A escultura em pedra foi destinada à decoração de igrejas e batistérios, na forma de relevos planos, capitéis e sarcófagos, seguindo o estilo do Império Romano. A entalhadura do marfim não foi menos importante. Continuou-se com a tradição dos dípticos consulares de Bizâncio, cujas formas foram adotadas na confecção de capas de livros evangélicos e Bíblias. Sabe-se que as oficinas dos artesãos que trabalhavam com marfim eram numerosas tanto na Gália quanto na Península Itálica, devido à grande demanda de exemplares.

A experiência de celtas e citas como ourives inegavelmente estava ligada à sua experiência como entalhadores. As pedras com entalhes de runas e ídolos nórdicos entre os vikings, saxões e os próprios celtas mostram sua passagem pelos diferentes assentamentos e lugares conquistados. Na Península Ibérica, a fusão de culturas, como entre fenícios, celtas, visigodos e ibéricos, além de gregos e romanos, deixou importantes amostras de escultura, como os Touros de Guisando ou a Dama de Elche.

Ourivesaria


Tesouro de Guarrazar: coroa votiva
visigótica do século VII, Espanha.

Um dos traços comuns a todos os povos bárbaros foi o excelente trabalho com metais, tanto na confecção de jóias quanto de objetos de uso doméstico ou armas. Atestam isso os tesouros encontrados nas tumbas de príncipes e reis da época, como Sutton Hoo, na Inglaterra, o de Guarrazar, em Toledo, e o de Gummersark, em Copenhague. As peças mais características são as chamadas brácteas ou moedas cunhadas apenas de um lado, assim como as presilhas e fivelas esmaltadas com a técnica do Cloisonné. O fato de os povos germanos conhecerem tão bem as técnicas da fundição de metal - a tauxia, ou damasquinagem, e a filigrana - se deve ao seu contato com povos do Oriente Próximo e Extremo Oriente, assim como a suas próprias necessidades. É preciso não esquecer que além de objetos de luxo, esses povos fabricavam armas, que eram suas ferramentas mais valorizadas no árduo trabalho da guerra. Além disso, a ourivesaria era uma das poucas atividades que podiam exercer os artesãos, que estavam mudando de habitat.

Fonte: Wikipédia


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Armínio

Armínio (também conhecido pelo nome latino Arminius, pelo original alemão Irmin e pela forma alemã tardia Hermann; 16 a.C. - 21 d.C.) foi um chefe germano da tribo dos Queruscos, filho do chefe guerreiro Segimero.




Treinado como comandante militar romano, obteve a cidadania romana antes de regressar à Germânia onde veio a expulsar o próprio exército romano. Conhecido principalmente como o chefe da aliança de tribos germanas que dizimou três legiões romanas comandadas por Públio Quintílio Varo na Batalha da Floresta de Teutoburgo.

Um filho de um chefe tribal torna-se comandante militar romano

Armínio foi o nome que o chefe guerreiro dos Queruscos, Segimer (em latim: Segimero), deu ao seu filho em 16 a.C. Eram tempos difíceis: alguns anos depois do nascimento de Armínio, o líder militar romano Tibério conquistou, quando da sua campanha germânica, também o território dos Queruscos. Tibério, que mais tarde se tornou Imperador, quis convencer Segimer para entrar numa aliança com Roma. Por isso, ofereceu uma educação militar e uma carreira no Império Romano ao seu filho, fortificando assim a ligação. Armínio foi então enviado para Roma em 8 a.C., onde recebeu a prometida educação militar e avançou até ao grau de um Tribuno. Na sua função de Tribuno, acompanhou o exército de Tibério nas suas várias operações em território germânico. Deixou uma ótima impressão aos militares romanos e recebeu os Direitos de um cidadão romano.

O regresso para a pátria e a revolta contra o Império Romano

Por volta do ano 7 d.C., Armínio voltou para a sua terra natal. Como comandante de unidades auxiliares germânicos servia sob o comando do Governador das Províncias e Comandante das Legiões da zona do Rio Reno, Públio Quintílio Varo. Varo tinha recebido ordens para tornar a parte ocupada da Germânia definitivamente uma província romana. Por isso, começou a cobrir impostos e tratava os Germanos como súbditos do Império Romano.

Nessa altura, Armínio começou a virar as costas aos Romanos. Sob o seu comando, várias tribos dos Germanos fizeram uma grande revolta no ano 9 d.C. Esta revolta foi possível graças à habilidade diplomática de Armínio, conseguindo unir as várias tribos.

A batalha da floresta de Teutoburgo - a grande vitória de Armínio

A lenda diz que, na noite anterior à revolta, Armínio jantou com Varo, que tinha muita confiança nele. Era outono e era suposto as tropas romanas mudarem para os campos de Inverno. Homens que conheciam bem o terreno foram contratados para guiar as tropas a partir do rio Weser até Aliso, que fica na margem do rio Lippe. Foi o próprio Armínio quem escolheu esses homens. A fileira das tropas, que tinha uma extensão de vários quilómetros, atravessou uma zona florestal de difícil acesso e fazia um alvo fácil para os guerreiros germânicos, que estavam habituados a esse terreno. Além disso, muitos deles foram treinados pelos próprios militares romanos e tinham bastante experiência em batalhas. Assim conseguiram aniquilar por completo três legiões romanas compostas por cerca de 20000 homens. Armínio obteve uma vitória devastadora.

O fim de Armínio

O domínio dos Romanos sobre a Germânia para lá do rio Reno já se encontrava então em plena fase de declínio. Os Germanos não tentaram libertar os territórios germânicos para cá do Reno (províncias romanas, Germânia Inferior e Germânia Superior) pelo simples facto de as tribos se encontrarem em brigas constantes umas com as outras.

Existe a lenda que Armínio, apaixonado pela filha do chefe tribal dos Marcomanos, Segestes, raptou essa para se casar com ela. Segestes, aliado dos Romanos, pediu-lhes ajuda em 15 d.C. Nessa altura, o líder militar romano de nome Germanicus já tinha penetrado muito o interior da Germânia, vingando assim a derrota de Varo. Várias vezes conseguiu vencer forças inimigas. Apesar disso, os Germanos continuavam a atacar onde puderam. Os Romanos não conseguiram controlar o território para lá do Reno. Por fim, em 16 d.C., o Imperador Tibério desistiu da ideia de incorporar a Germânia ao Império Romano. Os Romanos foram-se embora. Mas mesmo assim, não houve paz na Germânia. Duas alianças, uma liderada por Armínio, a outra pelo Rei dos Marcomanos, Marbod, entraram em guerra. Mais uma vez, Armínio obteve uma vitória. Mas em 21 d.C. foi assassinado, provavelmente pelo próprio sogro, Segestes.

Cerca de 100 anos depois da sua morte, o historiador romano Tácito designou Armínio como "Libertador da Germânia". Sua obra Germânia permitiu que, durante a Reforma, a imagem de Arminius viesse a ser usada como um contraponto do protestantismo nascente ao poderio da Igreja de Roma, sendo nesta ocasião que recebeu a versão atual do nome - Hermann.

Imaginário heroico e visão moderna


Armínio e sua amada, numa visão do século XIX (Johannes Gehrts, 1884).


A história de Armínio foi, ao final do século XIX, transformada em mito pelos defensores da unificação da Alemanha, sendo erguida uma gigantesca estátua em sua homenagem, voltada para a França, então encarada como grande inimiga do projeto nacional alemão.

Era a construção do mito do "Pai Original dos Alemães", como Ulrich von Hutten o chamou. Uma multidão de trinta mil pessoas assistiu, em 16 de agosto de 1875, à inauguração da estátua de 56 metros de altura.

O mito ganhou novos contornos durante o nazismo mas, após 1946, historiadores como Peter Kehne apresentaram-no na real dimensão, demonstrando que o "heroi" não tinha ambição de unificar o país, mas sim atender à própria sede de poder.

Fonte: Wikipédia

Genserico

Genserico (c. 389 – 25 de janeiro de 477), rei dos vândalos e alanos entre 428 e 477.




Foi peça chave nos conflitos travados no século V pelo Império Romano do Ocidente, e durante os seus quase cinquenta anos de reinado elevou uma tribo germânica relativamente insignificante à categoria de potência mediterrânea.
Filho ilegítimo do rei vândalo Godegisilo, supõe-se que nasceu nas imediações do lago Balaton (atual Hungria) por volta de 389.

Ascensão ao trono

Foi escolhido rei em 428, com a morte do seu meio irmão Gunderico. Brilhante e muito versado na arte militar, buscou o modo de aumentar o poder e a prosperidade do seu povo, que residia na época na Hispania Bética e que havia sofrido os ataques dos mais numerosos visigodos. Assim, pouco depois de ascender ao trono, Genserico decidiu ceder a Hispania aos seus rivais, empregando para isso a poderosa frota criada no reinado do seu predecessor.

A invasão da África

Aproveitando as disputas com metrópole de Bonifácio, governador romano da província da África Proconsular, 80.000 vândalos - 15.000 deles homens de armas - cruzaram o estreito de Gibraltar na primavera de 429, partindo de Tarifa e desembarcando em Ceuta.

Depois de várias vitórias sobre uns defensores romanos fracos e divididos, fixaram-se com controle de um território que compreendia o atual Marrocos e o norte de Argélia, pondo sob assédio a cidade de Hipona, que tomariam ao cabo de catorze meses de duros combates. No ano seguinte, o imperador Valentiniano III teve que reconhecer Genserico como soberano de todos estes territórios.

Em 435, Genserico chegou a um acordo com o Império Romano pelo qual o reino vândalo passou a ser foederatus de Roma com a concessão da Numídia. Não obstante, em 439 Genserico tomou a cidade de Cartago, capturando a frota imperial ali atracada. Com este movimento fez os vândalos donos do Mediterrâneo Ocidental, apoderando-se em seguida de bases marítimas de grande valor estratégico e comercial: as Ilhas Baleares, Córsega, Sicília e Sardenha. Roma, privada de uma das maiores zonas de produção cerealista do velho mundo, teve que comprar em seguida os grãos do norte da África para o sua própria provisão.

O saque de Roma




Em 455, o imperador romano Valentiniano III foi assassinado, sucedendo-o Petrônio Máximo. Genserico, considerando rompido o tratado de paz firmado com Valentiniano em 442, desembarcou na Península Itálica e marchou sobre Roma, cuja população rebelou-se contra o novo imperador e o matou três dias antes que, em 22 de abril de 455, os vândalos tomassem sem resistência a cidade. O saque subsequente não produziu uma destruição notável, se bem que os vândalos fizeram provisão de grande quantidade de ouro, prata e objetos de valor. Genserico levou consigo Licinia Eudoxia como refém a Cartago, viúva de Valentiniano, e as suas duas filhas, Placídia e Eudoxia, que contrairia depois matrimônio com seu filho e sucessor Hunerico.

A paz com o Império Bizantino

Em 468, o reino de Genserico teve que enfrentar ao último esforço militar conjunto das duas metades do Império Romano. Não obstante, o rei vândalo logra derrotar, frente ao cabo Bon, a uma poderosa frota dirigida pelo que logo seria o imperador bizantino Basilisco. No verão de 474, assinou a paz perpétua com Constantinopla, pela qual o Bizâncio reconheceu a soberania vândala sobre as províncias norte-africanas, Baleares, Sicília, Córsega e Sardenha.

Política interna e religião




Na sua política interna, Genserico tolerou o catolicismo, apesar de ter exigido a conversão à doutrina ariana dos seus conselheiros mais próximos e procedeu a numerosos confiscos de bens da Igreja Católica, que se converteria assim numa poderosa força opositora à monarquia vândala. Debilitou em forma sangrenta a nobreza tradicional vândalo-alana, substituindo-a por uma corte leal à sua própria família e aumentou a pressão fiscal sobre a população à custa das famílias ricas de origem romana e do clero católico.

Genserico morreu em 25 de janeiro de 477, sendo sucedido pelo seu filho Hunerico.

Fonte: Wikipédia

Teodorico, o Grande

Teodorico o Grande (em gótico Þiudareiks, "rei do povo", também conhecido em latim como Flavius Theodoricus; 454 - 30 de Agosto de 526), foi rei dos godos orientais, os ostrogodos (488-526), rei de Itália (493-526), e regente dos visigodos (511-526).


Estátua de bronze de Teodorico, o Grande, na igreja franciscana de Innsbruck.


O homem que governou sob o nome de Teodorico nasceu em 454, na Panônia, às margens do lago de Neusiedl, próximo a Carnuntum (atual Petronell-Carnuntum, na Áustria), um ano depois dos ostrogodos terem se livrado de quase um século de dominação dos hunos. Filho do rei Teodomiro, Teodorico viajou a Constantinopla, ainda jovem, como refém para assegurar a obediência ostrogoda a um tratado que Teodomiro havia fechado com o imperador bizantino Leão I.

Família

Teodorico era filho do rei ostrogodo Teodomiro e de Erelieva. Casou duas vezes. Não se conhece quem foi a primeira esposa, mas ele teve dois filhos com ela: Arevagni e Theodegotho. Sua segunda esposa foi Audofleda, com quem teve uma filha, Amalasunta.

Ele viveu na corte de Constantinopla por vários anos, onde aprendeu muito sobre o governo romano e táticas militares, que lhes serviram fartamente, quando ele se tornou o governante godo de uma grande mistura de povos romanizados. Tratado com generosidade pelos imperadores Leão I e Zenão I, ele se tornou magister militum (ou mestre militar) em 483, e, um ano depois, cônsul. Voltou, então, a viver entre os ostrogodos, com pouco mais de 20 anos, tornando-se seu rei em 488.

Nessa época, os ostrogodos se estabeleceram no território bizantino como foederati (aliados) dos romanos, mas estavam também se tornando impacientes e progressivamente dificultavam o domínio de Zenão I. Não muito depois de Teodorico se tornar rei, ele e Zenão I concluíram um acordo que beneficiava os dois lados. Os ostrogodos precisavam de um lugar para viver, e Zenão I estava tendo sérios problemas com Odoacro, rei da Itália que tinha causado a queda do Império Romano do Ocidente em 476. Ainda que formalmente fosse um vice-rei do Imperador Zenão I, Odoacro estava ameaçando territórios bizantinos e não respeitava os direitos dos cidadãos romanos na Itália. Com o encorajamento de Zenão I, Teodorico invadiu o reino de Odoacro.

A conquista da Itália


Mapa do reino Ostrogodo no seu auge, sob Teodorico o Grande.


Teodorico chegou com seu exército à península Itálica em 488, onde venceu a batalha de Isonzo (489), a batalha de Milão (489) e a de Adda, em 490. Em 493, tomou Ravenna. Odoacro rendeu-se e foi morto pelo próprio Teodorico.

Como Odoacro, Teodorico era formalmente apenas um vice-rei para o imperador romano em Constantinopla. Na realidade, ele agia com independência, e o relacionamento entre o Imperador e Teodorico era de iguais. Contudo, diferentemente de Odoacro, Teodorico respeitava o acordo que tinha feito e permitia que os cidadãos romanos dentro do seu reino fossem submetidos à lei romana e ao sistema judicial romano. Os godos, por enquanto, viviam sob suas leis e costumes.

As alianças de Teodorico

Teodorico se aliou aos francos, pelo seu casamento com Aldofleda, irmã de Clóvis I, e com os reis dos visigodos, vândalos e burgúndios. As ambições de Clóvis I de também governar sobre os godos provocou uma guerra intermitente entre 506 e 523. Para muitos do seu reino, Teodorico era de facto o rei dos visigodos, como também se tornou regente para o infante visigodo, seu neto Amalrico, por volta de 505. Os francos, sob Clóvis I, foram capazes de tomar, à força, o controle da Aquitânia dos visigodos em 507, derrotando Alarico II, mas, por outro lado, Teodorico conseguiu derrotar suas incursões. Em 515, Teodorico casou sua filha Amalasunta com Eutarico, mas como este morreu logo em seguida, não restou nenhuma conexão dinástica entre ostrogodos e visigodos.

Teodorico também interrompeu as incursões vândalas em seus territórios, ameaçando o fraco rei vândalo Thrasamund com invasão. Em 519, quando uma multidão incendiou e derrubou as sinagogas de Ravenna, Teodorico ordenou à cidade que as reconstruísse arcando com os custos.

O homem Teodorico


Mosaico representando o palácio de Teodorico em Ravenna.


Teodorico, o grande, tinha um grande respeito pela cultura romana, vendo a si mesmo como um de seus representantes. Tinha um bom olho para as pessoas talentosas. Por volta de 520 o filósofo Boethius tornou-se seu magister officiorum (chefe de todo o governo e dos serviços da corte). Boethius, pertencente a uma antiga família romana, cristianizada havia mais de um século, era homem das ciências, helenista dedicado, profundo conhecedor do grego e da obra dos clássicos, empenhado em traduzir os trabalhos de Aristóteles e Platão para o latim, a fim de demonstrar que as diferenças entre o pensamento dos dois eram apenas aparentes, uma tarefa difícil.

Finalmente, Boethius perdeu a confiança de Teodorico, depois de discursar defendendo a inocência do Senador Albino, acusado de conspirar contra Teodorico em favor do Imperador bizantino. Teodorico ordenou a execução de Boethius, em 525, por julgá-lo partidário de um movimento que visava a reintegrar Roma ao Império Bizantino, em prejuízo do reinado de Teodorico. Provisoriamente Cassiodoro substituiu Boethius como magister officiorum em 523.

Teodorico era de fé ariana. No final de seu reinado, apareceram intrigas com relação a seus assuntos romanos e com o Imperador bizantino Justino I sobre o arianismo. As relações entre as duas nações se deterioraram, embora a habilidade de Teodorico tenha dissuadido os bizantinos de iniciar uma guerra contra eles. Após sua morte, essa relutância desapareceu rapidamente. Teodorico o Grande foi sepultado em Ravenna. Seu mausoléu é um dos mais elaborados monumentos de Ravenna, na Itália.

Sucessão


O Mausoléu de Teodorico em Ravenna.


Após sua morte em Ravenna, em 526, Teodorico foi sucedido pelo seu neto Atalarico. Atalarico foi inicialmente representado por sua mãe, Amalasunta, que atuou como rainha regente de 526 a 534. O reino dos ostrogodos começou a esvanecer, começando a ser conquistado por Justiniano I em 535, sendo conquistado totalmente, em 553, na batalha de Mons Lactarius.

Fonte: Wikipédia

Clódio

Clódio (◊ c. 392 † 447 ou 449) (Chlodio, Chlodion, Clodion, Clodius, Chlogio, Clodian), Cabelos Longos ou O Cabeludo, foi um rei semi-lendário dos francos salianos da dinastia merovíngia (426 - 447).

Seu sucessor foi Meroveu, de quem a dinastia herdou o nome. A parte lendária diz que seu pai foi o duque Faramundo e sua mãe Argotta, da Turíngia. Seu avô deve ter sido Marcomer, um duque dos francos.

Há basicamente apenas duas fontes de informação sobre Clódio: os escritos de Gregório de Tours e Sidônio Apolinário.

Clódio viveu em Dispargum, nome que se acredita ser de um castelo, ou uma vila. Por volta de 431, ele invadiu o território de Artois, mas foi derrotado próximo a Hesdin por Aécio, comandante do exército romano na Gália. No entanto, Clódio reagrupou seu exército e em pouco tempo foi capaz de tomar a cidade de Cameracum. Finalmente, ele ocupou toda a região até o rio Somme e fez de Tournai a capital dos francos salianos.

A agressividade de Clódio em conquistar mais territórios levou a séculos de expansão por seus sucessores que no final das contas criaram o que hoje conhecemos como França. Clódio morreu em algum momento entre 447 e 449 e o poder foi passado a Meroveu. Não se sabe se Meroveu era seu filho ou outro chefe tribal que ascendeu à posição de liderança.

Fonte: Wikipédia

Marcomer

Marcomer (346-404) foi um duque (dux, líder) franco do final do século IV.

Gregório de Tours o menciona na sua Historia Francorum, junto com os duques Genobaudo e Sunno. Gregório duvida que eles fosses chamados de reis. Eles cruzaram o Reno, assaltaram a província romana da Germânia e ameaçaram Colônia nos úlimos anos do imperador romano do Ocidente Magno Máximo (c. 388). Eles supostamente também lideraram os catos e os ampsivarii. Marcomer deve ter sido um antepassado de Faramundo, um ancestral da dinastia real francesa dos merovíngios.

Fonte: Wikipédia

Faramundo

Pharamond (c. 370 - c. 426) é considerado como sendo o primeiro rei dos francos salianos, embora ele seja possivelmente uma figura mais lendária que histórica. Ele era possivelmente filho ou genro de Marcomer.




Apenas os historiadores Próspero da Aquitânia e Martin Bouquet escreveram sobre seu reinado em datas bastante posteriores. Em 420, ele supostamente conduziu seu povo na travessia do Reno na direção oeste. Esse movimento efetivamente separou sua tribo da tribo majoritária dos francos ripurianos que haviam se fixado próximo a Colônia. Faramundo foi finalmente sucedido por seu filho Clódio. Sua esposa foi Argotta.

Genealogia

Ele era filho de Marcomer ou Marcomir (filho de Clodius ou Cláudio) e Frimutel ou Frimuta. Clodius (324-389) era filho de Dagobert ou Dagoberto (300-379). Dagoberto era filho de Genebald ou Genebaldo (262-358), por sua vez, filho de outro Dagoberto, de filiação desconhecida.

Fonte: Wikipédia

Requiário I

Requiário I (? - 456), filho de Réquila e neto de Hermerico, foi rei dos suevos na Galécia. Subiu ao trono no ano de 448 aproximadamente, sucedendo a seu pai.

Como professava o catolicismo, impôs essa religião ao seu povo, que já se tinha em grande parte convertido, principalmente nas zonas urbanas.

Para fortalecer sua posição, fez aliança inicial com os visigodos, o que abriu as portas de seu reino à influência visigótica, aumentada quando Requiário se casou com a filha do rei visigodo Teodoredo, em 449. Foi o primeiro rei europeu cristão a cunhar moeda em seu próprio nome.

Devastou a Vascónia, passando depois a lançar incursões esporádicas contra os romanos. Requiário chegou a controlar a região do vale do Ebro e, brevemente (449-452), partes da Tarraconense. As hostilidades entre suevos e romanos chegaram ao fim com o tratado entre Requiário e os condes Fortunato e Manrico, pelo qual os suevos se retirariam da Tarraconense. Em 456 Requiário quebrou o tratado indo em auxílio dos vascões, tornando a entrar nessa província. Os visigodos, porém, apesar de terem sido seus aliados, não viam com bons olhos o fortalecimento do reino suevo e, sob o comando de Teodorico I, derrotaram os suevos nas margens do rio Órbigo, tendo Requiário sido capturado e posteriormente executado.

Os visigodos invadiram em seguida o reino suevo, cometendo tais atrocidades que tanto a população hispano-romana quanto a população germânica se revoltaram, dando início a uma cruenta guerra civil entre dois partidos representativos das duas principais tribos suevas da região: os quados e marcomanos, cada qual apoiando um pretendente ao trono suevo.

Fonte: Wikipédia

Batalha de Tricameron

A Batalha de Tricameron ocorreu a 15 de dezembro de 533 na África na localidade do mesmo nome localizada a 27 quilômetros a oeste de Cartago. Nela enfrentaram-se as tropas do Império Romano do Oriente, sob o comando do general Belisário, e as tropas do Reino Vândalo da África sob o comando do seu rei Gelimer.

A batalha terminou com o triunfo das tropas do general Belisário, imensamente inferiores em número à dos Vândalos, em onde teve particular importância o trabalho desempenhada pelos generais de ambos os bandos, pois neste caso Gelimer mostrou a sua covardia ao fugir frente da presença das tropas inimigas, o que o levou para o desastre. Finalmente a derrota de Gelimer e as suas tropas significaria o fim do Reino Vândalo e a anexação de todo o norte da África ao Império Bizantino do imperador Justiniano.

Antecedentes

Justiniano, chamado “o Grande” ascendeu ao trono do Império Bizantino o ano de 527 à morte do seu tio Justino I quem o nomeara sucessor. Justiniano era de origem bárbara e camponesa.

Justiniano considerava-se herdeiro dos Césares e cabeça da Igreja. Durante o seu reinado teve duas ideias diretrizes: restaurar o Império Romano do Ocidente e suprimir a heresia ariana.

Para materializar a primeira ideia, restaurar o Império, rodeou-se de dois homens chaves na sua consecução, Belisário, ao que pôs no comando do exército do leste, e Narsês.

Entre ambos desbarataram uma rebelião contra o imperador, a revolta de Nika, na que faleceram 35.000 rebeldes. Belisário, antes de Nika, derrotara os Persas, e depois foi posto no comando do exército que marcharia para Cartago para repor no trono a Hilderico o Vândalo, que fora destronado por Gelimer, bisneto de Genserico.

Os historiadores estimam que o exército posto às ordens de Belisário era insuficiente, consistia de 10.000 soldados de infantaria e 5.000 ginetes, quase todos bárbaros e mercenários. O exército imperial sofrera um descenso notável. Estava composto por três categorias de tropas: os soldados regulares, os mercenários e os terceiros eram soldados pertencentes aos magnatas bizantinos que deviam facilitá-los ao império.

Belisário decidiu empregar Sicília como base para a expedição. A 22 de junho de 533 zarpou de Constantinopla uma frota de 500 naves transporte escoltados por 92 dromones. No Peloponeso tiveram uma longa demora na espera de boas condições do mar para continuarem a travessia para Catânia, na Sicília.

Na Sicília, Belisário ficou a saber que o rei vândalo ainda não se dera conta do avanço da expedição e que enviara os seus melhores soldados, sob o comando do seu irmão Tzazon, para sufocar uma rebelião na Sardenha.

Belisário, ao saber isto, embarcou o seu exército e zarpou para a costa africana. Fez escala em Malta e Gozo e ao cabo de aproximadamente três meses da sua saída de Constantinopla arribou a Ras Kapudia, situado 130 milhas a sul de Cartago.

Enquanto desembarcou, Belisário difundiu uma proclama de ele não vir lutar contra o povo, mas contra os soldados de Gelimer. Iniciou a sua marcha para Cartago, precedido por uma avançada de 300 ginetes no comando de João o Armênio, 600 hunos cobriam o seu flanco esquerdo e a frota inteira custodiava o seu lado direito.

Ad Decimum

A 13 de setembro a avançada chegou ao desfiladeiro de Ad Decimum, décimo marco antes da cidade de Cartago. Pela sua vez, Gelimer, ao ficar a saber a chegada dos bizantinos enviara a buscar Tzazon com a sua força e quando soube o pouco numeroso que era o exército inimigo instruiu o seu irmão Amato, que estava no comando de Cartago, que se preparara para atacar Belisário.

Gelimer planejou atacar Belisário em forma combinada de três setores quando este entrou para o desfiladeiro de Ad Decimum. Esta operação fracassou porque requeria uma coordenação muito difícil de conseguir. Amato saiu de Cartago a 13 de setembro e atacou antes das outras duas forças, foi ferido mortalmente, após o qual as suas tropas fugiram. Gibamundo, no comando de outra seção, foi derrotado pelos hunos da ala esquerda de Belisário e Gelimer derrotou o corpo principal de Belisário; mas quando chegou ao campo onde morrera o seu irmão Amato e viu o cadáver do seu irmão, em lugar de perseguir os derrotados, deteve a persecução para honrar com uma cerimônia fúnebre o corpo do seu irmão. Entretanto, cerca do anoitecer, Belisário reuniu as suas tropas e contra-atacou os vândalos, dispersando-os. A 15 de setembro de 533, Belisário e o seu exército entraram em Cartago que fora abandonado pelos defensores. Gelimer retirara-se para um lugar situado 150 quilômetros a oeste de Cartago, chamado Bulla Regia, onde reuniu as suas tropas.

A batalha

Em Bulla Regia, Gelimer recebeu o reforço das tropas do seu irmão Tzazon procedente de Sardenha, com o que formou um exército umas dez vezes maior do que o de Belisário, segundo o historiador Procópio. Tratou de conseguir que os hunos se passaram às suas filas, o que não obteve e logo, com esta imensa força avançou em relação a Cartago. No seu avanço destruiu o aqueduto que subministrava a água à cidade. Deteve-se na localidade de Tricameron situada a 27 quilômetros de Cartago.

Belisário soube das conversações dos hunos com o inimigo, mas conseguiu neutralizá-los com oferecimentos de diferente ordem. O importante deste incidente foi demonstrar os perigos a que se expunham os generais que incorporavam mercenários nos seus exércitos. Esta situação unida a que não estava seguro da lealdade dos mercenários o decidiu a atacar os vândalos de imediato, consciente da sua imensa inferioridade numérica.

Belisário enviou de avançada a João o Armênio com 500 ginetes e ele com outros 500 ginetes e a infantaria partiu ao dia seguinte para Tricameron.

Gelimer e Tzazon encontraram-se com a cavalaria bizantina, a que os atacou duas vezes, sendo as duas vezes rejeitada por estes; mas numa terceira carga, João empregou também os seus arqueiros, com o que conseguiu fazer fugir a cavalaria vândala. Estes encontros duraram apenas uma hora. Ao entardecer desse 15 de dezembro, a infantaria de Belisário arribou ao campo de batalha e a mandou avançar sobre o acampamento vândalo. Gelimer, ao ver o exército bizantino, montou no seu cavalo e fugiu do acampamento; este ato de covardia provocou o desconcerto e depois o pânico entre os seus soldados, os quais fugiram em todas direções. Assim se definiu esta batalha.

Quando os soldados de Belisário entraram ao acampamento vândalo encontraram que este estava inçado de riquezas; desobedecendo aos seus chefes, dedicaram-se ao saque sem respeitarem nem ao mesmo Belisário. Somente ao dia seguinte, restabelecida a ordem, João o Armênio com a sua cavalaria pôde empreender a persecução dos inimigos.

Conseqüências

Gelimer compreendeu que perdera o seu reino. Intentou escapar para Espanha, mas os bizantinos ficaram a saber dos seus projetos e interceptaram-no, forçando-o a abandonar as suas pertenças e a refugiar-se nas montanhas da Tunísia, com os Berberes. No ano seguinte foi encontrado e rodeado pelas forças de Faras o Heruliano. A princípio recusou render-se, mas após um Inverno particularmente cru, rendeu-se a Belisário. O Reino Vândalo de África terminou e as suas províncias em Sardenha, Córsega e as ilhas Baleares caíram sob domínio de Justiniano.

A conquista da África proporcionou a Justiniano uma excelente base de operações para agir contra Itália e em 534, o assassinato de Amalasunta por Teodato, daria-lhe o pretexto para iniciar uma nova guerra contra as províncias da Dalmácia e da Sicília.

Fonte: Wikipédia

Batalha de Tagina

Na batalha de Tagina (também chamada de batalha de Busta Gallorum) em junho/julho de 552, as forças do império bizantino comandadas por Narses derrubaram o domínio dos ostrogodos na Península Itálica, e abriram o caminho para uma conquista bizantina total da península.

Desde 549, o imperador bizantino Justiniano I planejava despachar um exército grande para a Itália, a fim de concluir a guerra contra os ostrogodos, iniciada em 535. Durante 550-551, uma grande força expedicionária com 35.000 homens foi gradualmente reunida em Salona (atual Solin, na Croácia, no Adriático, que consistia de unidades bizantinas regulares e um grande contingente de aliados estrangeiros, como lombardos, hérulos e búlgaros. O camareiro imperial (cubicularius), Narses foi designado para comandá-la no meio do ano 551. Na primavera seguinte, Narses liderou este grande exército através da costa do Adriático até Ancona, quando se voltou para o interior, marchando pela Via Flamínia rumo a Roma.

Próximo à vila de Taginae (tradicionalmente situada em algum lugar ao norte da atual Gualdo Tadino), Narses encontrou o exército ostrogodo comandado pelo rei Totila, que vinha avançando para interceptá-lo. Ao se ver consideravelmente em menor número, Totila optou por entrar em negociações enquanto planejava um ataque surpresa, mas Narses não se deixou enganar por este estratagema.

Embora gozasse de superioridade em números, Narses montou seu exército numa posição fortemente defensiva; no seu centro ele colocou o grande número de aliados germânicos dispostos numa densa falange, e colocou as tropas bizantinas nos dois lados. Em cada ala, ele fixou 4.000 arqueiros.

Totila tentou inicialmente flanquear seu oponente capturando um pequeno morro na esquerda do exército bizantino, que dominava o único caminho à parte de trás da linha de combate de Narses, porém um destacamento de cinquenta homens da infantaria bizantina, empregado numa formação compacta e bem protegida, conseguiu repelir os sucessivos ataques da cavalaria ostrogoda. Sem conseguir alterar a posição de Narses, e esperando reforços de 2.000 homens, Totila utilizou diversos expedientes para prorrogar a batalha, incluindo ofertas insinceras de negociação, duelos realizados entre as linhas de batalha, e a demonstração pessoal do próprio rei ostrogodo de seu talento marcial.

Quando seus reforços chegaram, Totila abandonou a formação e se retirou para almoçar. Narses. ciente de um possível artifício, permitiu a suas tropas que repousassem sem abandonar suas posições. Totila, aparentemente esperando pegar seu inimigo de surpresa, lançou um ataque repentino em grande escala sobre o centro bizantino. Autores modernos e antigos o acusaram de insanidade, mas Totila provavelmente queria aproximar-se do inimigo o mais rapidamente possível para evitar os efeitos dos formidáveis arqueiros bizantinos. Narses estava preparado para isto, no entanto, e ordenou aos arqueiros concentrados em seus flancos que inclinassem em direção ao centro, para que a linha de batalha assumisse a forma de um crescente. Ao se ver pega no fogo cruzado, a cavalaria ostrogoda sofreu elevadas baixas e seu ataque hesitou. O percurso e a duração da batalha que se seguiu são incertos, mas no início da noite Narses ordenou que seu exército avançasse, e os ostrogodos abandonaram a formação e fugiram. Embora os relatos variem, foi provavelmente durante o tumulto subsequente que Totila foi morto.

Narses avançou até Roma, que caiu com uma resistência limitada. Os ostrogodos se reagruparam sob o sucessor de Totila, Teia, mas sofreram uma derrota final na batalha de Mons Lactarius (próximo ao monte Vesúvio) e depois disso nunca mais tiveram algum papel significante na história da Itália.

Fonte: Wikipédia

Batalha de Mons Lactarius

A batalha de Mons Lactarius (também conhecida como a batalha do Vesúvio) ocorreu em 553, durante as Guerras Góticas travadas por Justiniano I contra os ostrogodos na Península Itálica.


Batalha nas encostas do Vesúvio.

Depois da batalha de Tagina, na qual o rei ostrogodo Totila foi morto, o general bizantino Narses capturou Roma e sitiou Cumas. Teia, o novo rei ostrogodo, juntou o que sobrou do seu exército e marchou a fim de aliviar o cerco, mas em outubro de 553 Narses conseguiu emboscá-lo em Mons Lactarius (atuais montes Lattari), na Campânia, próximo ao monte Vesúvio. A batalha durou dois dias, e Teia foi morto durante a luta. O poder ostrogodo na Itália foi eliminado, mas Narses permitiu que alguns poucos sobreviventes retornassem às suas casas como súditos do império. A ausência de qualquer autoridade real na Itália imediatamente após a batalha levou a uma invasão do território pelos francos, mas estes também foram derrotados e a península foi, por pouco tempo, reintegrada ao império.

A batalha pode ser considerada vingança pela derrota romana em Adrianópolis (378), já que em Mons Lactarius a infantaria imperial aniquilou a cavalaria ostrogoda.

Fonte: Wikipédia

Batalha de Tolbiac

Tolbiac, um burgo da Gália (na sua parte germânica), foi palco de uma vitória decisiva de Clóvis sobre os Alamanos em 496, cujo combate teve lugar num ponto do rio Reno.


Batalha de Tolbiac.

Clóvis, o mais importante rei merovíngio, tornou-se senhor da Gália num processo que se estendeu entre 486 e 496, precisamente o ano da referida batalha. Nesta altura, registou vitórias sobre Siagério, o último representante do domínio romano, no Norte da Gália, sobre os Turíngios e, finalmente, sobre os alamanos (em Tolbiac) e os visigodos.

Fonte: infopedia

Batalha de Vouillé

Na Primavera de 507, o exército franco cruzou o rio Loire em direcção a Poitiers, sob o comando de Clóvis e do seu filho mais velho Teodorico. O exército visigodo marcha para norte par lhes cortar o caminho com a esperança de que os Ostrogodos os apoiem: a batalha tem lugar na planície de Vouillé, perto de Poitiers.

Tem início uma terrível luta corpo a corpo, até que o rei visigodo Alarico II é morto por Clóvis. Tal como na batalha de Tolbiac contra os Alamanos, a morte do rei dita a debandada do Visigodos que acabam massacrados pelo Francos.

Esta vitória abre a Clóvis o caminho do sul: conquista Toulouse, antiga capital dos Visigodos, Narbona, a Aquitânia, a Gasconha, o Languedoc e o Limousin.

Fonte: Wikipédia